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Educação emocional: A Importância do Diálogo entre Pais e Filhos

Educação emocional: a importância do diálogo entre pais e filhos

Educação Emocional – Você já ouviu falar deste termo? Este conceito que na prática, torna-se essencial para a formação de sujeitos de diálogo respeitoso e compassivo está cada vez mais em alta no dia a dia das discussões entre pesquisadores, educadores e profissionais da saúde.

No artigo de hoje, vamos entender um pouco mais de mais uma das formas de educar, agregada á importância do diálogo entre pais e filhos. Venha conosco!

Descobrindo a educação emocional

De acordo com Santos (2009), “ao envolverem-se com os sentimentos dos filhos, os pais podem ensiná-los estratégias para lidarem melhor com os altos e baixos da vida, aproveitando os momentos frustrantes e de emoções negativas, para desde a primeira infância ensinar aos filhos importantes lições de vida e construir um relacionamento mais próximo com eles com base no afeto e na preparação emocional”.

Nesse sentido, é possível pensar que o processo de educação emocional tem início a partir do núcleo familiar, partindo do princípio do desenvolvimento de diferentes formas de diálogos entre pais e filhos.

Todavia, encontramos no cotidianos das famílias, a falta de esclarecimento para o estabelecimento de um diálogo saudável e a fortíssima reprodução de padrões geracionais, onde atributos de comunicação violentos atingem casais, filhos e ás vezes, a maior parte da família extensa.

Mas… Como podemos “quebrar” esses padrões, criando novos mais saudáveis para que nossas crianças criem um processo de comunicação equilibrado e empático? Veremos abaixo algumas dicas para a construção de uma educação emocional dentro de nossos ambientes familiares e os impactos saudáveis em nossas relações.

Dicas para o desenvolvimento de uma relação saudável com nossos filhos

A partir de mudanças de hábitos em nossas rotinas familiares, podemos implantar dia após dia a possibilidade de construção de relações compassivas, empáticas e afetivas dentro de nossas casas. Porém, por onde podemos começar?

Muitas vezes nos encontramos em frente à padrões aos quais pensamos que raramente haverão soluções, muitas vezes por já termos naturalizados em nossa vida, devido à educação que recebemos dos responsáveis por nossas criações, sejam eles, pais, avós, tios, entre outros.

Abaixo, encontraremos algumas dicas para a construção desse relacionamento.

  • Ensine sobre a importância de sentir emoções: Raiva, tristeza, alegria, compaixão, empatia, ódio, euforia, entre tantos outros, são sentimentos fundamentais em nossas vidas, vividos em diversas situações. Muitas vezes nos atemos à evitar sentimentos considerados como “ruins”, não nos preparando para quando eles chegam. É importante trabalhar com nossas crianças a vivência dos sentimentos, sejam eles quais foram, para uma melhor gestão emocional à médio e longo prazo.
  • Explore o tempo de qualidade com seus filhos: O que é tempo de qualidade para você? Inove, reflita e construa a partir dos desejos e gostos individuais e coletivos de sua família, um tempo onde possam se olhar nos olhos, compartilhar o toque e a presença física de forma intensa. Seja em um passeio ao ar livre, a prática de um esporte ou jogo e até mesmo uma viagem, o tempo de qualidade faz diferença em nossas vidas.
  • Estabeleça momentos de diálogo além dos punitivos: Muitas vezes percebemos que o maior diálogo acontece quando existe um determinado problema entre os pares parentais e suas crianças. Além das conversas sobre advertências e broncas, do que mais você tem conversado sobre com seu filho? A abertura deste diálogo pode ser transformadora, gerando para as crianças o desenvolvimento da confiança em relação aos seus pais.
  • Esteja disponível para o diálogo através de sua linguagem corporal: Muitas vezes, devido à nossos hábitos corporais e experiências de repressão na infância, nos encontramos com linguagens corporais “fechadas”. Cruzar os braços, queixos erguidos, testas “franzidas”, entre tantos outros sinais, passam a impressão de indisponibilidade para o diálogo. Atente-se!
  • “Menos tempo nas telas, mais tempo olhando nos olhos”: O tempo nas telas tem prejudicado a relação entre as famílias de acordo com inúmeros estudos. Quanto tempo por dia você tem passado diante das telas? Este tempo sem dúvidas e notado por nossas crianças e também reproduzido por elas, considerando suas faixas de aprendizagem onde o exemplo é a maior via de constituição de hábitos e identidades. O “olho no olho” proporciona trocas e lembranças jamais esquecidas!

Dessa forma, podemos explorar com nossas atitudes, a potência de um diálogo de qualidade entre pais e filhos, buscando a construção de novos valores mais saudáveis em nossa sociedade.

Como dizia Renato Russo na canção “Pais e Filhos” (1989):

“Você me diz que seus pais não lhe entendem
Mas você não entende seus pais
Você culpa seus pais por tudo
E isso é absurdo
São crianças como você
O que você vai ser
Quando você crescer?”

Gostou dessa publicação e apresenta desafios em relação ao estabelecimento de diálogos? Venha para a Terapize agora!

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Referências

http://faculdadedondomenico.edu.br/revista_don/artigo6_ed2.pdfd2.pdf

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Comentários

@peepso_user_232(Bianca Brondi Barboza)
Muito pertinente.
1 ano atrás