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Como desenvolver a empatia?

A empatia possibilita que nossas relações sejam mais humanas e profundas. Mais do que se colocar no lugar do próximo em uma postura de compaixão, ou fazer pelo outro o que gostaria que fizesse para si, ser empático é fazer pelo outro o que ele deseja que seja feito por ele. É compreender que o outro pode pensar, sentir e desejar coisas diferentes de nós mesmo. E tudo bem!

Empatia é a mais pura e sincera conexão entre as pessoas. É quando nos permitimos entender o que está por trás das atitudes de uma pessoa, buscando compreender quais razões teve para tais comportamentos.

Vivemos uma época em que nos tornamos cada dia mais desconectados uns dos outros. A partilha e a colaboração deram lugar ao egoísmo. A desconexão, a falta de uma empatia recíproca, enraízam o desequilíbrio mundial.

O caminho para a reconexão das pessoas com o mundo passa pela empatia e pelo processo contínuo que permeia sua manutenção e desenvolvimento. A empatia é uma habilidade que pode – e deve – ser desenvolvida diária e continuamente. Só assim estaremos mais presentes e atentos às relações naturalmente.

Podemos transformar o mundo pela empatia? Sim, podemos! Não massivamente. Mas, se começarmos por nós mesmos, podemos criar um efeito dominó e, assim, gradativamente, afetar positivamente uns aos outros em uma teia que surtirá efeito no coletivo.

Mas o que devemos fazer para desenvolvermos nossa empatia?

1° – Autoconhecimento. Antes de qualquer coisa, para conseguirmos entender as razões que levam uma pessoa a agir de determinada maneira, precisamos nos auto-observar. Precisamos, primeiramente, aprender a reconhecer e decifrar as emoções que estão nos influenciando a tomar as atitudes que tomamos. Para depois conseguirmos ter essa percepção com relação ao próximo. A partir do momento em que conseguimos associar sentimentos e ações em situações vividas por nós, fica mais natural a compreensão do processo de tomada de atitude pelos outros.

2º – Reconhecimento das diferenças. Precisamos nos desapegar de nossos valores e ideais; e entender que cada pessoa tem suas aspirações, crenças, desejos. Cada pessoa é unica. E, com certeza, diferente do que somos.

Por trás de todo comportamento, há um sentimento.

3° – Aproximação. Agora é hora de nos livrarmos dos muros que nos separam das pessoas, substituindo a agressividade e o individualismo pela proximidade e presença. A partir daí, em uma postura empática, passamos a incentivar no outro a manifestação de suas verdades.

O interesse genuíno e a atenção são capazes de criar fortes conexões.

4º – Escuta. Então, exercitamos a escuta ativa. Aqui, é necessário estarmos presentes e abertos a novas opiniões e pontos de vista. Mais do que nos preocuparmos com o que vamos responder, precisamos nos dedicar à compreensão do que está sendo dito.

O maior presente que você pode dar a alguém é seu tempo e uma escuta ativa.

5º – Participação. Empatia é uma relação de troca. Para que o outro sinta conforto e confiança em partilhar de suas ideias e sentimentos é necessário que demonstremos a mesma disposição. E é necessário força pra assumirmos que também temos pontos vulneráveis a partilhar. E que, para haver empatia, é necessário confiança, conexão e compreensão.

O outro espelha o que oferecemos a ele.

E, a partir de um movimento cíclico, podemos expandir nossa postura empática, gotinha a gotinha, e pensar na transformação coletiva a partir do desejo e agir originados na transformação individual, no nosso desejo de viver a empatia.

Psicóloga Adriana Lopes – CRP 04/54908 – @psiadriana

Envolva-se!

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