O que é depressão e como ela acontece?
A depressão é considerada um transtorno do humor por afetar as emoções, os pensamentos e comportamentos das pessoas de forma significativa, profunda e persistente.
Seu tratamento e duração dos sintomas variam de pessoa para pessoa. É uma doença que pode persistir durante anos ou pela vida toda, principalmente se não houver tratamento e acompanhamento adequado.
Geralmente a depressão surge aos poucos e vai ficando cada vez mais intensa e perceptível, piorando com o passar do tempo principalmente porque as pessoas demoram a procurar ajuda.
A depressão pode ocorrer por diversos motivos, desde desequilíbrios químicos no cérebro, até experiências traumáticas e estressantes tanto pontuais, como contínuas ao longo da vida.

Dica: Leia até o final para ganhar um presente e começar a cuidar de você hoje mesmo!
Quais as causas e sintomas da depressão?
A depressão pode possuir diversas causas, sendo as principais:
- Biológica – por meio da genética, histórico familiar e desequilíbrios químicos no cérebro.
- Psicológica – eventos estressores durante a vida, traços de personalidade negativos, baixa autoestima e insegurança, falta de habilidades emocionais e comportamentais.
- Social – ambiente estressor e repressor, bullying, falta de apoio e afeto por parte dos familiares, amigos e outras pessoas do convívio.
- Uso e abuso de substâncias – como álcool, drogas e medicamentos.
Essa condição é caracterizada por sentimentos frequentes de tristeza, angústia, sentimento de vazio, de inutilidade, irritabilidade, desesperança e desamparo, além de uma perda de interesse em atividades que antes eram consideradas muito prazerosas.
Esses sintomas podem variar a cada caso, levando em consideração idade, sexo, cultura e história de vida de cada individuo.
Essa condição afeta a maneira como as pessoas pensam e se sentem com relação a si mesmas, com os outros e com o mundo.
Além dos sintomas emocionais, a depressão também pode causar sintomas físicos, como cansaço, insônia ou excesso de sono, perda ou ganho de peso, lentidão dos movimentos e dores físicas.
Quando os sintomas se tornam um alerta?
Seguindo a orientação do Manual de Diagnósticos, o transtorno depressivo merece ser alertado quando os sintomas:
- Ocorrem quase todos os dias
- Ocorrem na maior parte do dia
- Trazem sofrimento
- Resultam em disfunção das atividades sociais
Ou seja, a vida da pessoa no que é chamado de Episódio Depressivo Maior (EDM), é marcada por:
- Insônia e/ou fadiga;
- Perda de interesse ou prazer e/ou tristeza;
- Pensamentos recorrentes de morte;
- Incapacidade de antecipar felicidade;
- Pouca capacidade para pensar, decidir ou concentrar;
- Perda ou ganho de peso ou do apetite, inesperadamente.
Para algumas pessoas o seu funcionamento social pode até parecer normal mas ela apresenta um esforço exagerado para conseguir esta aparente normalidade.
A irritabilidade fora do comum ou a expressão da pessoa de “não se importar mais” com o que antes era importante, também devem ser fortes alertas a serem considerados.
Quanto ao apetite, a pessoa demonstra ter que se esforçar para se alimentar.
Outros alertas podem ser condutas associadas aos sintomas gerais:
- A tendência ao choro
- Inquietação
- “Ruminação” obsessiva de pensamentos
- Preocupação desmedida com a saúde
- Queixas recorrentes de dores injustificadas
- Redução ou perda duradoura do desejo sexual
- Consumo repetitivo de álcool ou drogas
Como explicado no item abaixo, a depressão é uma disfunção psíquica distinta dos estados de tristeza ou preguiça da pessoa e precisa de atendimento profissional.
Se não há uma causa clínica (doença ou medicação) para justificar esses sintomas, fica o alerta de que a pessoa talvez esteja deprimida e precisa de avaliação e tratamento adequados.
Depressão ou tristeza
É comum que as pessoas tenham dificuldade em diferenciar episódios de tristeza com a depressão. Isso se deve ao fato de que não fomos ensinados a falar sobre nossas emoções e a entendê-las.
Por isso é comum ter esse tipo de dúvida. Mas então, como podemos diferenciar a tristeza de uma depressão?
Tristeza é um sentimento comum a todos os seres humanos. Geralmente passageiro e considerado saudável. Assim como outros sentimentos e emoções, ela tem um propósito, ou seja, nos ajuda a elaborar perdas ou sofrimentos ocasionais, que fazem parte da vida.
É um sentimento, portanto, natural e esperado. É uma resposta diante de situações de conflitos pessoais, perda de alguém ou de alguma coisa, frustrações, decepções e acontecimentos desagradáveis.
Importante frisar que como somos seres únicos e individuais, cada um lida com a tristeza de diferentes formas. Mas em todos os casos, ela é um sentimento momentâneo, que se dissolve com o tempo, não prevalecendo na rotina.
Já a depressão é uma doença, um transtorno psicológico que afeta a qualidade de vida de uma pessoa, tanto física quanto emocional, levando a uma tristeza profunda, persistente e desproporcional.
Afetando a perda de interesses, de prazer e diversos aspectos da vida, como no ambiente familiar, do trabalho, escolar, etc. Aqui a tristeza é intensa, aguda, dura a maior parte do dia.
Leva a sintomas como dificuldade para se concentrar, pensamentos negativos recorrentes e, em casos mais graves, o suicídio.
O que difere a tristeza da depressão, portanto, é sua intensidade e duração, juntamente com outros sintomas que acompanham a doença.

Depressão ou preguiça?
Ao longo da vida passamos por inúmeras situações nas quais preguiça e depressão parecem se confundir. A principal diferença entre preguiça e a depressão é que quando estamos desmotivados ou sem vontade de fazer algo, podemos escolher fazer mesmo assim, embora seja difícil.
Somos capazes, portanto, de vencer a preguiça com força de vontade. Quando se trata a depressão não é tão fácil, pois a desmotivação, tristeza e desesperança são intensas e muitas vezes incapacitantes.
Quando estamos com preguiça, geralmente percebemos uma causa específica e motivos, como por exemplo, estar cansado porque dormiu tarde ou porque tem muitas tarefas a serem feitas ao longo do dia, mas a depressão é acompanhada de uma desesperança que nunca desaparece, uma falta de motivação crônica.
Isso se deve devido ao fato de a doença alterar a maneira de perceber e encarar as coisas, pois ocorre um desequilíbrio importante no funcionamento de neurotransmissores. Na depressão o cérebro não recebe os elementos necessários a fim de que haja a sensação de bem-estar e felicidade.
O quadro, portanto, não corresponde à preguiça ou falta de interesse de maneira voluntária. É uma doença e precisa ser encarada como tal, porque somente assim é possível lidar com todos os efeitos negativos que ela traz.

Depressão ou humor deprimido?
A depressão e o humor deprimido são dois termos frequentemente utilizados de forma intercambiável, mas na verdade se referem a conceitos diferentes. A depressão é uma condição médica que pode afetar o humor, o comportamento, o pensamento e o corpo físico.
Ela é caracterizada por um sentimento persistente de tristeza, perda de interesse em atividades que antes eram apreciadas, fadiga, insônia ou sono excessivo, mudanças de apetite, sentimentos de inutilidade ou culpa e dificuldades de concentração.
Por outro lado, o humor deprimido é uma sensação temporária de tristeza ou melancolia que é normalmente uma reação a eventos estressantes ou difíceis na vida de uma pessoa. Ao contrário da depressão, o humor deprimido é uma resposta emocional natural a uma situação específica e pode ser superado com o tempo.
Embora o humor deprimido possa compartilhar alguns sintomas com a depressão, como a falta de interesse em atividades cotidianas e a mudança de apetite, esses sintomas não são tão graves e duradouros como na depressão.
Ei, só pra lembrar: no final tem um presente para você começar a se cuidar hoje mesmo!
A depressão e espiritualidade
A relação entre depressão e espiritualidade é complexa e pode variar de pessoa para pessoa. Algumas pessoas encontram conforto e força em sua espiritualidade durante momentos de depressão, enquanto outras podem se sentir desiludidas ou abandonadas por sua fé.
Para algumas pessoas, a espiritualidade pode ser uma fonte de esperança e significado, ajudando a lidar com os sintomas de depressão e a encontrar um propósito na vida. A oração, meditação e outras práticas espirituais podem oferecer um senso de tranquilidade e conexão com algo maior, o que pode ajudar a reduzir a ansiedade e melhorar o humor.
No entanto, para outras pessoas, a depressão pode abalar sua fé e fazer com que questionem a existência de um poder superior ou percam a crença em um propósito na vida. Essa crise de fé pode levar a sentimentos de isolamento e desesperança.
É importante lembrar que a depressão é uma condição médica e que o tratamento deve ser procurado independentemente da fé ou crença pessoal. A espiritualidade pode ser um recurso útil para algumas pessoas, mas não deve ser considerada como uma solução única ou substituta para o tratamento médico adequado.
Depressão e pré-conceito
A Depressão é um quadro psicológico debilitante que interfere prejudicialmente em diferentes áreas da vida de uma pessoa. Essa pessoa pode apresentar prejuízo na vida acadêmica, trabalho, relações familiares, casamento, amizades etc…
Embora o indivíduo não tenha culpa de ter adoecido, ele é criticado e responsabilizado por ficar nesse quadro. As pessoas ao seu redor entendem que ele não melhora pois não se esforça, e tem depressão pois escolheu ficar assim.
Muitos acreditam que a Depressão vem por falta de um bom emprego, de um bom casamento, de uma vida fitness, quando na verdade, a Depressão é uma doença, que tem uma origem multifatorial. Assim como as pessoas não culpam quem fica gripado, pois a gripe também é uma doença, as pessoas deprimidas não devem ser vistas como culpadas pelo seu transtorno.
Críticas vindas de pessoas próximas a alguém deprimido, só reforçam a ideia de que depressão é algo que se escolhe ter. Essa visão atrapalha a pessoa a buscar tratamento e ajuda profissional pois ela acredita que é apenas decidir não ficar mais deprimida e pronto, tudo estará resolvido.
Depressão não é besteira, frescura, drama ou escolha própria. Depressão é doença. e deve ser tratada.

Como ajudar um amigo com depressão?
A depressão pode ser uma condição difícil de lidar, e muitas vezes pode ser desafiador saber como ajudar um amigo que está passando por isso. Aqui estão algumas dicas que podem ser úteis:
- Esteja presente: Às vezes, tudo o que uma pessoa com depressão precisa é de alguém que esteja presente e disponível para ouvir. Ofereça-se para conversar, sair ou simplesmente ficar ao lado do seu amigo.
- Mostre empatia: Demonstre compaixão e empatia em relação ao que o seu amigo está passando. A depressão pode ser uma condição isolante e dolorosa, e é importante que seu amigo saiba que ele não está sozinho.
- Ofereça ajuda prática: A depressão pode tornar as atividades cotidianas difíceis. Ofereça-se para ajudar com tarefas práticas, como fazer compras, cuidar dos filhos ou cozinhar.
- Incentive o tratamento: Encoraje seu amigo a procurar ajuda profissional, como um psicólogo ou psiquiatra. Ofereça-se para acompanhá-lo em consultas médicas, se necessário.
- Evite julgar ou minimizar: Não tente minimizar ou julgar a gravidade da depressão do seu amigo. É importante reconhecer que a depressão é uma condição real e séria.
- Cuide de si mesmo: Apoiar um amigo com depressão pode ser emocionalmente exigente. Certifique-se de cuidar de si mesmo e procurar apoio, se necessário.
Se você estiver preocupado com um amigo que está passando por isso, não hesite em procurar ajuda profissional.

Como tratar a depressão sem sair de casa?
Se identificou com os sintomas e outras características de um quadro de depressão? Nós podemos ajudar. A Terapize é uma plataforma que te conecta à psicólogos on-line! Assim, você pode cuidar de seus sintomas e buscar diagnósticos responsáveis, com um profissional de saúde, sem sair de casa!
Agende sessões online com as psicólogas autoras deste texto. Clique para conhecê-las e agendar:
Aline Morais – Psicóloga Clínica (CRP – 04/65550)
Custódio Cruz – Psicólogo Clínico (CRP – 04/1062)
Lya Costa – Psicóloga Clínica (CRP – 21/03324)
Marcelle Lopes – Psicóloga Clínica (CRP – 05/36142)
Rafaela Gomes – Psicóloga Clínica (CRP – 06/163831)
Ou se preferir, clique aqui para encontrar mais psicólogos, há centenas de profissionais disponíveis na Terapize. Comece a cuidar de você hoje mesmo!
O seu presente 
Se você chegou até aqui é sinal que realmente deseja cuidar da sua saúde emocional de forma profissional, e nós queremos te ajudar a fazer isso de forma mais acessível.
A transformação na saúde mental que você está buscando acontece com sessões de terapia, junto com um psicólogo. Mas nós sabemos que dar o primeiro passo é difícil, principalmente se você nunca fez terapia antes.
“Terapia vale a pena? Será que terapia resolve o meu problema?”
Essas e várias outras questões surgem na nossa cabeça e acabamos desistindo de conversar com um psicólogo. Então, vamos te ajudar a quebrar essa barreira!!!
Para que você tire todas as suas dúvidas e descubra se terapia é mesmo para você, vamos te dar a PRIMEIRA SESSÃO GRÁTIS.
Clique aqui para receber por e-mail uma lista com todos os psicólogos que oferecem a primeira sessão gratuita na Terapize.
Mas, vamos fazer um combinado: Assim que receber a lista de psicólogos, já agenda uma sessão com o psicólogo de sua preferência, fechado? Porque se deixar para depois, aquela “barreira” vai se construindo novamente e vai ficando cada vez mais difícil iniciar o seu processo de cuidado emocional.
Aproveite o seu presente, é importantíssimo que você dê esse primeiro passo. E depois disso, iremos caminhar juntos na sua jornada de autocuidado. A sua melhor fase pode começar agora, vamos lá?
Envolva-se!
Comentários